quinta-feira, 3 de junho de 2010

DECADA DE 50

Década de 50



Década de 50
O final de década de 40 marcou o estopim do crescimento do Internacional. Ansiosos pela modernização do patrimônio do clube, os torcedores apoiaram a construção das arquibancadas de concreto do Estádio dos Eucaliptos, em 1947, obra que duraria até 1950.
Tal como ocorrera na construção do próprio Eucaliptos, e depois na inauguração do Beira-Rio, era a torcida quem angariava recursos e buscava material para aumentar o patrimônio do clube. Com a renovação da estrutura das arquibancadas do estádio, os Eucaliptos acabou sediando dois jogos da Copa do Mundo de 1950: México x Iugoslávia e México x Suíça, motivo de imenso orgulho para os colorados. Até hoje, é o único estádio gaúcho a ter sediado um jogo de Mundial.
-A inauguração do Olímpico
O Inter deu um presente inesquecível ao adversário no dia 26 de setembro de 1954: uma goleada de 6 a 2 no Gre-Nal dos festejos de inauguração do Estádio Olímpico. O goleiro Sérgio foi o melhor jogador do tricolor, e evitou uma goleada ainda maior. Larry fez quatro gols. O Inter treinado por Teté jogou com Milton; Florindo e Lindoberto; Oréco, Salvador e Odorico; Jerônimo e Canhotinho.
-A conquista do Pan-Americano do México pelo Brasil.
A seleção brasileira jogou sua primeira partida em 1914, mas só ganhou o seu primeiro título no exterior em 1952, no Pan-Americano do Chile. Entre os 22 jogadores do grupo, oito eram do Inter. E, cumprindo o destino de grandeza do clube, sete desses oito foram titulares do time que ganhou o bi do Pan para o Brasil, em 1956, no México. O técnico também era colorado, Francisco Duarte Júnior, o Teté.O Rio Grande transformou-se no centro das atenções esportivas. A seleção gaúcha com camisa da CBF estreou no dia 1o. de março com vitória sobre o Chile. 2 x 1, com gols de Luizinho e Raul Klein. Em um jogo contra a Costa Rica, até então a grande surpresa do Pan-Americano, foram 7 x 1, três gols de Larry, três de Chinesinho e o último gol de Bodinho.

A final foi contra a Argentina. Empate em 2 x 2 e a consagração do time de Teté, campeão invicto
do Pan-Americano do México, em 1956. Na volta ao Brasil, os jogadores foram visitados pelo vice-presidente da República, João Goulart, no Rio de Janeiro, e foram ao Palácio do Catete para ver o Presidente Juscelino Kubitschek e entregar o Jarrito de Ouro (mais tarde roubado da sede da CBF, junto com a copa Jules Rimet). Além de medalhas de ouro, o time ainda ganhou outros prêmios, mas principalmente, o Brasil descobriu que pode contar com o Inter para qualquer parada.
A criação do hino oficial

No final dos anos 50 o Inter sentiu necessidade de ter um hino, uma canção formal de celebração dos sentimentos colorados. Fez-se um concurso, houve muitos candidatos mas nenhum dos hinos satisfez a alma colorada como aquele que fora feito numa tarde de sofrimento de torcedor. O torcedor era Nélson Silva, carioca, compositor de morro, e que morava em Porto Alegre. O Inter desandava contra o Aymoré, o ano era 57. Ele escutava o jogo e esperava a namorada Ieda, mas esqueceu o compromisso daquela tarde. Sentou brabo na mesa de um bar em frente, e por razões de quem é artista, começou a escrever um hino de louvação ao Inter.Quando concluiu a última estrofe com o Clube do povo/ do Rio Grande do Sul, teve a sensação de que era isto que seria cantado pelo torcedor. Foi o que aconteceu, Celeiro de Ases é hoje o hino oficial do Internacional e do torcedor colorado. Até alguns anos atrás a torcida também costumava cantar uma antiga marchinha carnavalesca: Papai é o maior/ Papai é que é o tal / Que coisa linda, que coisa rara / Papai não respeita a cara. Recentemente, durante a histórica trajetória na Libertadores, a torcida colorada acostumou-se a entoar uma canção que virou praticamente um hino da conquista:
Colorado, Colorado/ Nada vai nos separar/ Somos todos teus seguidores/ Para sempre eu vou te amar.
Celeiro de Ases Nélson Silva
Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul
OUVIR





















































Nenhum comentário:

Postar um comentário